05/09/2001
“ A cada passo me entrelaço; assim como surge o sol, se põe a lua; e a cada passo renasço; fazendo do momento um continuo instante dentro do estático, pálido e parado tempo; a cada passo um gesto, um aceno; puro desfruto do mudo; da graça, mas e a garça?
Sob os pés apenas o simples, o almejado e ainda calado sublime amor.
A cada passo, pé sobre pé, busco o rapé, mas e a luta desprovida de luva?
Me faço, auto crio, gigante, bufante mas o que fazemos com a parte integrante, aquela que completa fazendo de nós uma aquarela?
Cores; dores; e a dolores, aonde foi?
Tom sobre tom, cinza sobre preto, e a dolores levou as cores, fiquei eu, e nada mais, apenas passos largos em sentido ao lago...”
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