domingo, 10 de outubro de 2010

DURANTE A CHUVA PAREI E OLHEI


                                                                                           
 Depois de tantos momentos da vida, ele solitário novamente, torna à fonte do ser,  sem rancor e magoa ,pois quando  se funde com o mundo, sempre corre riscos por se dar e por receber, assim segue em seu caminho aprendendo, sugando o “estar”, seja ele bom ou ruim, são apenas  momentos e por isso são suficientes, simplesmente por serem, por existirem .
 O puro fato de poder vivênciar os acontecimentos,  para ele ,já é um grande aprendizado, durante a vida, o percorrer do caminho ao qual justifica estarmos aqui é incrivelmente inusitado, assim nos proporcionando emoções, sentimentos, afinando sentidos aos quais somos tão fieis. Ensinando sempre como verdadeiramente somos, ajudando a  descobrir nós mesmos  a cada passo que damos.
E sempre haverá momentos de glória e de derrotas, de alegria e tristeza, de inseguranças e seguranças, mas o continuar é o que nos torna menos desprezíveis e intoleráveis, somos seres supremos dentro de nossa própria hipocrisia absurda e real .
Na peregrinação, a peneirada dos caminhos seguidos  se dá quando aprendemos a nos respeitar, quando finalmente colocamos aquilo que realmente absorvemos  à prova, vivendo e enxergando os percursos a serem seguidos, com talvez a mesma insegurança e vulnerabilidade de antes, porém, com um mecanismo de auto defesa mais apurado ou mais falso .
A reflexão sobre nós,  talvez seja a maior arma contra a tão temida  dor de sermos nós mesmos, ela esboça o perfeito ; fato que nunca alcançaremos,  pois se formos perfeitos algum dia, com certeza deixaremos de ser felizes .

                                                              Iuri Santos Gonzalez .
13/05/01

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